O professor Hilton Japiassu em seu dicionário básico de filosofia descreve ética assim:
“Ética (gr. ethike, de ethikós: que diz respeito aos costumes)
Parte da filosofia prática que tem por objetivo
elaborar uma reflexão sobre os problemas fundamentais
da moral (finalidade e sentido da vida humana,
os fundamentos da obrigação e do dever, natureza do
bem e do mal, o valor da consciência moral etc.), mas
fundada num estudo metafísico do conjunto das regras
de conduta consideradas como universalmente
válidas. Diferentemente da moral, a ética está mais
preocupada em detectar os princípios de uma vida
conforme a sabedoria filosófica, em elaborar uma
reflexão sobre as razões de se desejar a justiça e a
harmonia e sobre os meios de alcançá-las. A moral
está mais preocupada na construção de um conjunto
de prescrições destinadas a assegurar uma vida em
comum justa e harmoniosa. (JAPIASSÚ, 1996, p. 93)
A moral diz respeito aos costumes, hábitos, comportamentos e usos.
Assim, segundo o mesmo autor moral tem o seguinte sentido:
Moral (lat. moralis, de mor-, mos: costume)
1. Em sentido amplo, sinônimo de ética como teoria
dos valores que regem a ação ou conduta humana,
tendo um caráter normativo ou prescritivo. Em sentido
mas estrito, a moral diz respeito aos costumes,
valores e normas de condutas específicas de uma sociedade
ou cultura, enquanto que a ética considera a
ação humana do seu ponto de vista valorativo e normativo,
em um sentido mais genérico e abstrato.
2. Pode-se distinguir entre uma moral do bem, que
visa estabelecer o que é o bem para o homem – a
sua felicidade, realização, prazer etc. e como se pode
atingi-lo – e uma moral do dever, que representa a
lei moral como um imperativo categórico, necessária,
objetiva e universalmente válida: ‘O dever é uma necessidade
de se realizar uma ação por respeito à lei’
(Kant). Segundo Kant, a moral é a esfera da razão
prática que responde à pergunta: ‘O que devemos
fazer?’ (JAPIASSU, 1996, p. 187)
domingo, 20 de diciembre de 2009
viernes, 13 de noviembre de 2009
BOM SENSO
“O bom senso é a coisa do mundo melhor partilhada, pois cada qual pensa estar tão bem provido dele, que mesmo os que são mais difíceis de contentar em qualquer outra coisa não costumam desejar tê-lo mais do que o têm”.
“Pois não é suficiente ter o espírito bom, o principal é aplicá-lo bem” (Descartes, 1987, p.29).
Na tomada de decisões ética é sempre salutar se aconselhar com o bom senso, muita vezes fórmulas matemáticas, intrincados sistemas de hierarquia de valores, conceitos de leis, normas e códigos caem por terra diante da luz do bom senso que indica ao homem uma tomada de decisão pragmática, mas que é capaz de solucionar um problema sem provocar incêndio.
O BOM SENSO cabe em todo o seguimento social, inclusive na educação dos alunos. Os mestres devem ponderam as formas de transmitir o conhecimento para que sua metodologia seja eficaz e produza resultado e o resultado que se busca no aluno é a motivação para que o aluno alcance o conhecimento e a sabedoria. Bom senso muitas vezes significa evitar excessos como diz Hameline:
“A educação e formação do professor devem estar atentas para os perigos
dos excessos da trilogia doctus, peritus e sapiens. Mas também devem estar
atentas para o “máximo indesejável”. Por quê? Porque “Do máximo ao
exagero só vai um passo. E toda reflexão sobre a ação, a ação educativa em
particular, é uma variação sobre o demais.” (HAMELINE, 1979, p. 204)
“Pois não é suficiente ter o espírito bom, o principal é aplicá-lo bem” (Descartes, 1987, p.29).
Na tomada de decisões ética é sempre salutar se aconselhar com o bom senso, muita vezes fórmulas matemáticas, intrincados sistemas de hierarquia de valores, conceitos de leis, normas e códigos caem por terra diante da luz do bom senso que indica ao homem uma tomada de decisão pragmática, mas que é capaz de solucionar um problema sem provocar incêndio.
O BOM SENSO cabe em todo o seguimento social, inclusive na educação dos alunos. Os mestres devem ponderam as formas de transmitir o conhecimento para que sua metodologia seja eficaz e produza resultado e o resultado que se busca no aluno é a motivação para que o aluno alcance o conhecimento e a sabedoria. Bom senso muitas vezes significa evitar excessos como diz Hameline:
“A educação e formação do professor devem estar atentas para os perigos
dos excessos da trilogia doctus, peritus e sapiens. Mas também devem estar
atentas para o “máximo indesejável”. Por quê? Porque “Do máximo ao
exagero só vai um passo. E toda reflexão sobre a ação, a ação educativa em
particular, é uma variação sobre o demais.” (HAMELINE, 1979, p. 204)
viernes, 21 de agosto de 2009
A VERDADE É DINÂMICA OU ESTÁTICA?
JASPERS, em sua obra publicada em 1980, p. 138-140 disse: “Seja a filosofia o que for, está presente em nosso mundo e a ele necessariamente se refere (...). Mas como se põe o mundo em relação com a filosofia? (...). A opinião corrente é a de que a filosofia nada
tem a dizer e carece de qualquer utilidade prática. É nomeada em público, mas – existirá realmente? Sua existência se prova, quando menos, pelas medidas de defesa a que dá lugar. A oposição se traduz em fórmulas como: a filosofia é demasiado complexa; não a compreendo; está além de meu alcance; não tenho vocação para ela; e portanto, não me diz respeito. Ora, isso equivale a dizer:
é inútil o interesse pelas questões fundamentais da
vida; cabe abster-se de pensar no plano geral para
mergulhar, através de trabalho consciencioso, num
capítulo qualquer de atividade prática ou intelectual;
quanto ao resto, bastará ter “opiniões” e contentarse
com elas (...).Muitos políticos vêem facilitado seu
nefasto trabalho pela ausência da filosofia. Massas
e funcionários são mais fáceis de manipular quando
não pensam, mas tão-somente usam de uma inteligência
de rebanho. É preciso impedir que os homens
se tornem sensatos. Mais vale, portanto, que
a filosofia seja vista como algo entediante. Oxalá desaparecessem
as cátedras de filosofia. Quanto mais
vaidades se ensinem, menos estarão os homens arriscados
a se deixar tocar pela luz da filosofia.
Assim, a filosofia se vê rodeada de inimigos, a maioria
dos quais não tem consciência dessa condição (...).
O problema crucial é o seguinte: a filosofia aspira à
verdade total, que o mundo não quer. A filosofia é,
portanto, perturbadora da paz.
E a verdade o que será? A filosofia busca a verdade
nas múltiplas significações do ser-verdadeiro segundo
os modos do abrangente. Busca, mas não possui o
significado e substância da verdade única. Para nós,
a verdade não é estática e definitiva, mas movimento
incessante, que penetra no infinito.”
Comentando tal discurso temos a dizer que esta idéia da Verdade como princípio dinâmico não me parece ser o caminho correto do conhecimento. Para mim a Verdade é estática, o que é dinâmico é o caminho da humanidade em buscar esta verdade. Já vi várias pesquisas ao longo da história ora dizendo que o café fazia mal a saúde, ora dizendo que fazia bem, ora cientistas dizendo que não fazia bem nem mal, Uma hora chegarão a conhecer todos os efeitos das substâncias do café no organismo humano e então chegaremos ao pleno conhecimento da verdade. Durante este tempo a verdade não esta mudando de forma, a humanidade é que ora busca a verdade por um caminho e ora por outro.
Jaspers diz que os políticos têm seu nefasto serviço facilitado pela falta de filosofia, discordo do Jaspers novamente. Sempre os governantes usaram da filosofia ora para defender um tipo de regime político, ora para defender outro regime político, alias, no meu ponto de vista não existe política sem filosofia, certa ou errada o tempo dirá.
tem a dizer e carece de qualquer utilidade prática. É nomeada em público, mas – existirá realmente? Sua existência se prova, quando menos, pelas medidas de defesa a que dá lugar. A oposição se traduz em fórmulas como: a filosofia é demasiado complexa; não a compreendo; está além de meu alcance; não tenho vocação para ela; e portanto, não me diz respeito. Ora, isso equivale a dizer:
é inútil o interesse pelas questões fundamentais da
vida; cabe abster-se de pensar no plano geral para
mergulhar, através de trabalho consciencioso, num
capítulo qualquer de atividade prática ou intelectual;
quanto ao resto, bastará ter “opiniões” e contentarse
com elas (...).Muitos políticos vêem facilitado seu
nefasto trabalho pela ausência da filosofia. Massas
e funcionários são mais fáceis de manipular quando
não pensam, mas tão-somente usam de uma inteligência
de rebanho. É preciso impedir que os homens
se tornem sensatos. Mais vale, portanto, que
a filosofia seja vista como algo entediante. Oxalá desaparecessem
as cátedras de filosofia. Quanto mais
vaidades se ensinem, menos estarão os homens arriscados
a se deixar tocar pela luz da filosofia.
Assim, a filosofia se vê rodeada de inimigos, a maioria
dos quais não tem consciência dessa condição (...).
O problema crucial é o seguinte: a filosofia aspira à
verdade total, que o mundo não quer. A filosofia é,
portanto, perturbadora da paz.
E a verdade o que será? A filosofia busca a verdade
nas múltiplas significações do ser-verdadeiro segundo
os modos do abrangente. Busca, mas não possui o
significado e substância da verdade única. Para nós,
a verdade não é estática e definitiva, mas movimento
incessante, que penetra no infinito.”
Comentando tal discurso temos a dizer que esta idéia da Verdade como princípio dinâmico não me parece ser o caminho correto do conhecimento. Para mim a Verdade é estática, o que é dinâmico é o caminho da humanidade em buscar esta verdade. Já vi várias pesquisas ao longo da história ora dizendo que o café fazia mal a saúde, ora dizendo que fazia bem, ora cientistas dizendo que não fazia bem nem mal, Uma hora chegarão a conhecer todos os efeitos das substâncias do café no organismo humano e então chegaremos ao pleno conhecimento da verdade. Durante este tempo a verdade não esta mudando de forma, a humanidade é que ora busca a verdade por um caminho e ora por outro.
Jaspers diz que os políticos têm seu nefasto serviço facilitado pela falta de filosofia, discordo do Jaspers novamente. Sempre os governantes usaram da filosofia ora para defender um tipo de regime político, ora para defender outro regime político, alias, no meu ponto de vista não existe política sem filosofia, certa ou errada o tempo dirá.
miércoles, 29 de julio de 2009
INTRODUÇÃO
O estudo da ética visa encontrar a melhor forma de viver, qual o significado e calor da vida, quais os padrões que devemos seguir para basear nosso viver.A ética cristã é a visão cristã do modo de proceder. A ética cristã visa também relacionar a LEI e o EVANGELHO e as normas de vida social e política e termos um parâmetro para saber o que é certo e errado.
Ética (gr. ethike, de ethikós: que diz respeito aos costumes)
Parte da filosofia prática que tem por objetivo
elaborar uma reflexão sobre os problemas fundamentais
da moral (finalidade e sentido da vida humana,
os fundamentos da obrigação e do dever, natureza do
bem e do mal, o valor da consciência moral etc.), mas
fundada num estudo metafísico do conjunto das regras
de conduta consideradas como universalmente
válidas. Diferentemente da moral, a ética está mais
preocupada em detectar os princípios de uma vida
conforme a sabedoria filosófica, em elaborar uma
reflexão sobre as razões de se desejar a justiça e a
harmonia e sobre os meios de alcançá-las. A moral
está mais preocupada na construção de um conjunto
de prescrições destinadas a assegurar uma vida em
comum justa e harmoniosa. (JAPIASSÚ, 1996, p. 93)
ARISTÓTELES
O filósofo Aristóteles (384-324 a.C.) foi quem teria usado pela primeira vez a palavra ÉTICA no sentido de reflexão sobre os costumes. Por isso ele é considerado o fundador da Ética. A ÉTICA ARISTOTÉLICA se baseia no fim que é o bem supremo.
SARTRE E A ÉTICA
O CONCEITO de Sartre sobre a ética é “que nossas ações determinam quem somos e, portanto, se somos livres e podemos fazer escolhas também somos responsáveis por nossos atos. Não há garantia prévia, antecipada, de que a escolha que fazemos dará certo ou errado, é sempre uma escolha no escuro.” (Curso de História Unimes)
SARTRE
Muitos conflitos ocorrem porque o conceito de certo e errado varia de pessoa para pessoa e de grupo para grupo. Quando agir de certa forma é errado para uns e certo para outros pode ocorrer até guerras. A grande divisão da humanidade não é política, geográfica, nem étnica é ÉTICA.
Muitos povos como os alemães. Americanos, russos e brasileiros ensinam nas escolas que foram eles que inventaram o avião, isso mostra que estamos divido até sobre fatos históricos. O comunismo é visto como algo mal nos EUA e uma virtude na Rússia.
As religiões ao os mecanismos mais comum de oferecer a humanidade estrutura de valores morais, assim podemos falar em ética cristã, islâmica, budista e hinduísta. Mas hoje em dia, mais do que em qualquer outro momento da história vemos pessoas professando uma fé, mas vivendo opostamente aos princípios éticos desta fé. É o fenômeno da SECULARIZAÇÃO DA RELIGIÃO. São cristãos, muçulmanos, hindus nominais, fato eu cada vez mais se nota em todas as religiões.
O fato do homem ser por natureza uma criatura criada para crer, todas as vezes que ele deixa a fé verdadeira em Deus, ele quase automaticamente substituirá por uma outra crença. O nazismo alemão foi uma forma de crença e religião, tendo Hitler sido deificado por aqueles, da mesma forma o comunismo foi para a Rússia uma religião. Os escritores Richard Wright, Arthur Koestler e Ignazio Silone ao se converterem a Cristo publicaram um livro chamado “O DEUS QUE FALHOU” em que mostram como o comunismo fora para eles como uma religião.
Quem não tem Jesus como salvador, procurará criar seus próprios salvadores. Quem não tem Deus, criará seu próprio ídolo, é o caso dos ídolos dos esportes, da musica e da política, entre outros.
Contudo, muitas pessoas tentam coexistir conceitos antagônicos de cristianismo e outros princípios éticos opostos. O professor Arnold Nash, disse que um africano após estudar na Inglaterra, saiu convencido que os ingleses eram politeístas, pois apesar de irem a igreja, diziam: “negócio é negócio”, acreditando em outro “deus” Outros tanto dizem-se cristãos mas são capaz de dizer que é capaz de morrer pelo Corinthians, Real Madrid ou Manchester United.
Ética (gr. ethike, de ethikós: que diz respeito aos costumes)
Parte da filosofia prática que tem por objetivo
elaborar uma reflexão sobre os problemas fundamentais
da moral (finalidade e sentido da vida humana,
os fundamentos da obrigação e do dever, natureza do
bem e do mal, o valor da consciência moral etc.), mas
fundada num estudo metafísico do conjunto das regras
de conduta consideradas como universalmente
válidas. Diferentemente da moral, a ética está mais
preocupada em detectar os princípios de uma vida
conforme a sabedoria filosófica, em elaborar uma
reflexão sobre as razões de se desejar a justiça e a
harmonia e sobre os meios de alcançá-las. A moral
está mais preocupada na construção de um conjunto
de prescrições destinadas a assegurar uma vida em
comum justa e harmoniosa. (JAPIASSÚ, 1996, p. 93)
ARISTÓTELES
O filósofo Aristóteles (384-324 a.C.) foi quem teria usado pela primeira vez a palavra ÉTICA no sentido de reflexão sobre os costumes. Por isso ele é considerado o fundador da Ética. A ÉTICA ARISTOTÉLICA se baseia no fim que é o bem supremo.
SARTRE E A ÉTICA
O CONCEITO de Sartre sobre a ética é “que nossas ações determinam quem somos e, portanto, se somos livres e podemos fazer escolhas também somos responsáveis por nossos atos. Não há garantia prévia, antecipada, de que a escolha que fazemos dará certo ou errado, é sempre uma escolha no escuro.” (Curso de História Unimes)
SARTRE
Muitos conflitos ocorrem porque o conceito de certo e errado varia de pessoa para pessoa e de grupo para grupo. Quando agir de certa forma é errado para uns e certo para outros pode ocorrer até guerras. A grande divisão da humanidade não é política, geográfica, nem étnica é ÉTICA.
Muitos povos como os alemães. Americanos, russos e brasileiros ensinam nas escolas que foram eles que inventaram o avião, isso mostra que estamos divido até sobre fatos históricos. O comunismo é visto como algo mal nos EUA e uma virtude na Rússia.
As religiões ao os mecanismos mais comum de oferecer a humanidade estrutura de valores morais, assim podemos falar em ética cristã, islâmica, budista e hinduísta. Mas hoje em dia, mais do que em qualquer outro momento da história vemos pessoas professando uma fé, mas vivendo opostamente aos princípios éticos desta fé. É o fenômeno da SECULARIZAÇÃO DA RELIGIÃO. São cristãos, muçulmanos, hindus nominais, fato eu cada vez mais se nota em todas as religiões.
O fato do homem ser por natureza uma criatura criada para crer, todas as vezes que ele deixa a fé verdadeira em Deus, ele quase automaticamente substituirá por uma outra crença. O nazismo alemão foi uma forma de crença e religião, tendo Hitler sido deificado por aqueles, da mesma forma o comunismo foi para a Rússia uma religião. Os escritores Richard Wright, Arthur Koestler e Ignazio Silone ao se converterem a Cristo publicaram um livro chamado “O DEUS QUE FALHOU” em que mostram como o comunismo fora para eles como uma religião.
Quem não tem Jesus como salvador, procurará criar seus próprios salvadores. Quem não tem Deus, criará seu próprio ídolo, é o caso dos ídolos dos esportes, da musica e da política, entre outros.
Contudo, muitas pessoas tentam coexistir conceitos antagônicos de cristianismo e outros princípios éticos opostos. O professor Arnold Nash, disse que um africano após estudar na Inglaterra, saiu convencido que os ingleses eram politeístas, pois apesar de irem a igreja, diziam: “negócio é negócio”, acreditando em outro “deus” Outros tanto dizem-se cristãos mas são capaz de dizer que é capaz de morrer pelo Corinthians, Real Madrid ou Manchester United.
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